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Mundano pinta painel com cinzas de queimadas em homenagem a brigadistas

Cinzas foram recolhidas em expedição de mais de 10 mil quilômetros que o artivista fez pela Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica


painel com cinzas de queimadas em homenagem a brigadistas

A matéria-prima das cores do novo painel são as cinzas das queimadas na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, coletadas numa expedição de mais de 10 mil quilômetros pelos quatro biomas.


O painel tem 1000 metros quadrados e ficará localizado na Rua Capitão Mor Jerônimo Leitão, 108, sendo que a melhor vista para a obra é a partir da passarela da Avenida Prestes Maia.


Cinzas, restos de árvores e animais carbonizados serão a matéria prima para a paleta de tons de cinza que será usada para recriar uma das mais icônicas obras de Cândido Portinari, O Lavrador de Café, que foi produzida em 1934, relacionando o momento histórico com o impacto da ação humana.


A obra, portanto, dá visibilidade àqueles que atuam diretamente para a manutenção das florestas e demais ambientes naturais, e que trabalham incansavelmente, muitas vezes com equipamentos limitados e sem reconhecimento.




Nas mãos de Mundano, vida e arte se misturam numa interrogação: até quando os crimes ambientais servirão como base para sua arte?


Na releitura da obra modernista, proposta por Mundano, o Lavrador cede seu lugar a um brigadista – projetado a partir de um personagem real, Vinicius Curva de Vento, da Brigada Voluntária de São Jorge, que recentemente combateu as queimadas da Chapada dos Veadeiros.


“Resíduos de crimes ambientais infelizmente são matéria prima abundante pelo Brasil. Testemunhar as queimadas foi essencial na pesquisa com as cinzas que se transformarão em uma denúncia desse tempo de destruição ambiental”, ressalta o artivista.


A técnica visa chamar a atenção para a destruição ambiental em curso no Brasil, especialmente das queimadas. Em 2020, Amazônia e Pantanal bateram recordes históricos de queimadas. Com a pior seca em mais de 90 anos no Brasil, os focos de queimadas em 2021 têm sido bastante elevados, especialmente no Cerrado e sul da Amazônia.


painel com cinzas de queimadas em homenagem a brigadistas

A matéria prima para as tintas foi coletada entre junho e julho de 2021, em uma expedição que percorreu as cidades de Poconé (bioma Pantanal, Mato Grosso), Colíder (bioma Amazônia, Mato Grosso divisa com Pará), São Jorge na Chapada dos Veadeiros (bioma Cerrado), Alto Paraíso de Goiás (bioma Cerrado) e Amparo (São Paulo, bioma Mata Atlântica). Foram três semanas conhecendo brigadistas, coletando carvão e cinzas, histórias e inspirações da natureza.


João Cândido, filho do Cândido Portinari, reconhece que é um momento bem-vindo de recordação e reinterpretação dos ânimos das artes que são elementos que transformam a sociedade. “Ele está fazendo essa releitura com um tom dramaticamente social, pois está fazendo com as cinzas da floresta e vai homenagear os brigadistas. Isso tem tudo a ver com a mensagem do meu pai, com a obra dele. Fiquei muito feliz e emocionado em saber deste trabalho”, conta João.




Como ajudar a combater o fogo nos biomas brasileiros?

O público pode apoiar diretamente as Brigadas Voluntárias que o Mundano conheceu pessoalmente nessa expedição. Elas estão em combate constante às queimadas e para continuarem esse trabalho heróico precisam de recursos para equipamentos, logística e alimentação.


DOAÇÕES

Brigada São Jorge @brigadasaojorge PIX CNPJ: 07208243006169

BRIVAC – Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante PIX CNPJ: 05154283000140

Colinas do Sul @bvrs PIX CPF: 14580355814 – (Gisele Catarino) Rede contra o Fogo @redecontrafogo PIX CNPJ: 29216266000158

Rede contra o Fogo @redecontrafogo PIX CNPJ: 29216266000158



painel com cinzas de queimadas em homenagem a brigadistas

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